Sentidos
Era capaz de reconhece-lo numa meio de um mar de gente em tempo digno de recorde!
Identificá-lo-ia de olhos fechados sem ter de recorrer aos outros sentidos!
Pressentia-o junto a si mesmo não o vendo. Era como se um alarme disparasse dentro do seu peito,sempre que estivessem a partilhar o mesmo espaço.
Tinha noção que não fora sempre assim,mas anos de partilha e história conjunta fizeram desenvolver o que ela chamara de 7º sentido. A capacidade de o sentir na sua plenitude.
Ele ria-se, costumava dizer que ela devia era ter uma costela de feiticeira. Mas lá no fundinho sabia bem que ela tinha razão até porque era mutuo. O calor que sentia no coração quando ela surgia era inexplicável, ou melhor, só era justificável num grande amor e em muito anos de cumplicidade.
Tinham finalmente encontrado o rumo depois de muitas discussões, encontros e desencontros. Muitas foram as vezes em que colocaram os pesos na balança. Não significava que não gostavam um do outros mas eram tão rebeldes e cheios de razões e vontades que por vezes o orgulho se sobrepunha a tudo o resto.
Aprenderam juntos que o caminho se faz caminhando e não de constantes desvios.
Hoje as coisas eram diferentes, mais serenas, menos paixão mas muito mais amor.
Amor que gera o reencontro no meio da multidão!