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Era uma vez...e foram felizes para sempre!

No fundo todos gostamos de romances e finais felizes! Aqui ficam pequenas partilhas das emoções que vivemos até ao momento do beijo que nos desperta!

Era uma vez...e foram felizes para sempre!

No fundo todos gostamos de romances e finais felizes! Aqui ficam pequenas partilhas das emoções que vivemos até ao momento do beijo que nos desperta!

As voltas

Ao passar à portada sua velhinha escola deixou escapar um sorriso. 
 
À muito que por ali não passava e aquele tempo parecia-lhe tão distante como se de outra vida de se tratasse.
 
Para alem de ter sido feliz naquele espaço, a ela devia o momento que estava a viver.
 
Fora lá que se conheceram no rebuliço dos 15 anos. Começara como outros tantos romances de escola, amigos comuns, intervalos juntos, muitas trocas de olhares envergonhados até que ele se encheu de coragem e a convidou para sair. Daí ao namoro foi um pulinho e de repente a vida ganha outras cores, tudo é vivido com a intensidade e urgência que a idade exige.
 
Mas a vida dá muitas voltas e algumas delas trazem novos amores e por consequência caminhos diferente.
 
Numa altura da vida em que tudo se torna facilmente num drama, a separação até foi pacifica.Perderam o contacto mas só ficaram as recordações boas.
 
Viveu tudo aquilo novamente ao percorrer aqueles muros e questionou a miúda de então se naquele último dia, alguma vez lhe passou pela cabeça, o que ainda lhes estaria reservado.
 
A vida continuou a dar voltas e quando menos previam tornou a encontrá-los.
 
 
 
 
 
Casualidades que nada têm de casuais…
 
Numa fila de espera de um multibanco, do multibanco de sempre, na rua de sempre…
 
A alegria do reencontro levou-os para o tal tempo longínquo mas sem a vergonha para um convite para um café.
 
Que bom revê-lo! Sempre achara que tinha sido uma enorme tolice terem perdido a convivência já que na realidade nunca se tinham chateado mas fora assim que acontecera e cada um seguira o seu caminho e tinha as suas bagagens e sem ninguém para as partilhar.
 
Desta vez não iam cometer o mesmo erro, queriam-se na vida um do outro e o facto de já não terem 15 anos fazia disso uma certeza.

 

 
A escola ficara trás mas o sorriso mantinha-se, estava ansiosa para ver no que esta volta ia dar!

Sentidos

Era capaz de reconhece-lo numa meio de um mar de gente em tempo digno de recorde!
Identificá-lo-ia de olhos fechados sem ter de recorrer aos outros sentidos!
 
Pressentia-o junto a si mesmo não o vendo. Era como se um alarme disparasse dentro do seu peito,sempre que estivessem a partilhar o mesmo espaço.
 
 
Tinha noção que não fora sempre assim,mas anos de partilha e história conjunta fizeram desenvolver o que ela chamara de 7º sentido. A capacidade de o sentir na sua plenitude.
Ele ria-se, costumava dizer que ela devia era ter uma costela de feiticeira. Mas lá no fundinho sabia bem que ela tinha razão até porque era mutuo. O calor que sentia no coração quando ela surgia era inexplicável, ou melhor, só era justificável num grande amor e em muito anos de cumplicidade.
 

Tinham finalmente encontrado o rumo depois de muitas discussões, encontros e desencontros. Muitas foram as vezes em que colocaram os pesos na balança. Não significava que não gostavam um do outros mas eram tão rebeldes e cheios de razões e vontades que por vezes o orgulho se sobrepunha a tudo o resto.
 
Aprenderam juntos que o caminho se faz caminhando e não de constantes desvios.
 
Hoje as coisas eram diferentes, mais serenas, menos paixão mas muito mais amor.
 
 
Amor que gera o reencontro no meio da multidão!