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Era uma vez...e foram felizes para sempre!

No fundo todos gostamos de romances e finais felizes! Aqui ficam pequenas partilhas das emoções que vivemos até ao momento do beijo que nos desperta!

Era uma vez...e foram felizes para sempre!

No fundo todos gostamos de romances e finais felizes! Aqui ficam pequenas partilhas das emoções que vivemos até ao momento do beijo que nos desperta!

Bailarico

Se estivesse nos tempos de escola era tão mais fácil. Pedia a uma amiguinha para lhe entregar uma folhinha de cheiro com a pergunta mágica.
 
Mete uma X no           certo. Queres sair comigo?
       Sim
       Não
       Talvez
 
Ou então escreveria na porta da casa de banho A+M= Love forever e esperava que alguém lhe fosse contar.
 
Mas os tempos de escola já tinham acabado e as folhinhas já tinham perdido o cheiro. Foram apresentados por um amigo comum num bailarico lisboeta na noite de Sto. António e por entre manjericos,sardinha assada e dezenas de pessoas, os seus olhos insistiam em se cruzar num ritmo constante. Provavelmente levados por uma coragem movida a sangria sentaram-se na soleira duma porta, a dissertar sobre as dúvidas e as certezas da vida. Como se se conhecessem desde o minuto um das suas histórias.
 
Numa noite em que não há horas, o relógio parou só para eles. Choraram a rir e riram de chorar.
As mãos tocavam-se por intuição enquanto se revelavam segredos nunca antes escutados. E o mais engraçado é que ela nem queria ir à festa… Não era que não gostasse deste tipo de festejo, bem pelo contrário, mas estava cansada e apetecia-lhe ficar quieta. Mas quando se tem os amigos na entrada do prédio ou sim ou sim.
 
Sabia que era um pensamento piroso mas na sua cabeça pairava a ideia e o sensibilidade, de que,efectivamente, TINHA de ir aquela festa! E claro que nunca mais iria duvidar das graças do Sto. António.
Nos primeiros raios de sol, trocaram números de telemóvel, acreditando que tudo o que viveram na noite passada não poderia ser só efeito de um ou outro copito a mais.




 
Recostada no sofá, dava voltas e voltas à cabeça, para inventar a forma brilhante de usar o número que tinha recebido. Não queria ligar e fazer figura de tola, no caso dele não ter sentido o mesmo, muito menos fazer cobranças por já terem passado quase 24h e ele não ter dito nada. Mas também sabia que não podia simplesmente fingir que nada acontecera e quem sabe deitar à rua a oportunidade de ser verdadeiramente feliz.
 
Perdeu a conta ao número de vezes que agarrou e soltou o telemóvel e que escreveu e apagou mensagens.
 
Decidiu larga-lo novamente na esperança de serenar e com toda a calma do mundo tentaria escrever alguma coisa. 
Mas mais tarde, agora não.
O som do aparelho a cair na mesa misturou-se com o bip da mensagem recebida.
 
Pelo menos um deles já sabia o que escrever passado 24h.
 
Mete uma X no           certo. Queres sair comigo?
      Sim
      Não
 
     Talvez